Sushi Machi (Porto Alegre) – Setembro de 2015

Se fazia tempo que eu não postava no blog até recentemente, a última vez que postei sobre comida japonesa foi mais de dois anos atrás. Mas as circunstâncias me levaram hoje à Av. Praia de Belas e, passando à frente do Sushi Machi, resolvi entrar e experimentar. Trata-se de um “restaurante container“, com uma área bonita e bem arrumada com mesas.

O cardápio não conta com muitas opções: são seis tipos de temaki, três combinados e seis porções. Os valores são razoáveis – o temaki skin custa R$10,90, o sweet R$11,50 e os outros quatro custam R$12,00; os combos custam de R$18,90 a R$49,40). Optei por pedir um temaki sweet (pasta de salmão, pimenta e molho doce) e um clássico filadélfia.

Ambos os temakis estavam bons, e vale a pena fugir do óbvio e tentar o sweet. O atendimento foi bastante agradável, e a comida foi servida rapidamente. No geral, foi uma experiência agradável, que pretendo repetir e que recomendo aos leitores.

O Sushi Machi fica na Av. Praia de Belas, 586.

Ligeirin Temaki Móvel (Agosto de 2013)

Nota: editado para corrigir uma escorregada da minha parte. Esqueci de mencionar que o atendimento foi bastante simpático.

Desde esta semana, Porto Alegre passa a contar com uma opção diferente dentro de sua cultura gastronômica: o Ligeirin Temaki Móvel, uma van que faz as vezes de temakeria. O “restaurante” já funcionava antes, de forma esporádica. A partir de agora, estará aberto de segunda a sexta-feira, na av. Praia de Belas, ao lado do shopping. De acordo com a coluna da jornalista Milena Fischer para o ClicRBS, trata-se da única temakeria móvel do país com alvará para funcionamento (leia aqui).

Estive lá na quinta-feira para conferir a novidade. Porto Alegre tem tradição de lancherias móveis, na maioria vans que vendem cachorro-quente, e enquanto algumas são de altíssima qualidade, tanto em termos de sabor quanto de higiene, para outras é difícil até mesmo olhar. Felizmente, o Ligeirin tem ótima aparência. A van é nova, bonita, as janelas permitem visualizar o interior; tudo correto. Há uma mesa e três cadeiras, não é suficiente, portanto a melhor estratégia talvez seja comprar e ir comer no trabalho ou em casa.

Mesmo com o pouco espaço, houve cuidado com a decoração. O restaurante tem seu próprio “mascote”, por assim dizer.

O primeiro defeito aparece quando se olha para o cardápio: os preços são elevados. Ou melhor, a padronização do preço (todos os temaki custam R$9,90) gera distorção. Enquanto que as variações especiais possuem preço condizente, os temaki padrão, como salmão, filadélfia e skin custam de dois a três reais mais que na Japesca, que atualmente é a temakeria de referência na cidade. Por esse motivo, optei por provar apenas as duas variações mais peculiares do menu: salmão assado e sweet salmão assado. São essencialmente o mesmo prato, com tarê adicionado ao segundo. O tarê realmente é uma boa adição, recomendo ao leitor optar pela versão sweet. Além desses dois, (e dos já citados salmão tradicional, filadélfia e skin) a van oferece ainda o sabor alaska. Outra desvantagem do Ligeirin em relação à maioria das temakerias é a menor variedade do cardápio, como se pode ver. Por outro lado, quando se considera que a própria Japeska tem estado sempre em falta de atum e peixe branco, talvez não chegue a ser uma desvantagem assim tão grande.

O Ligeirin arca ainda com o ônus de estar em Porto Alegre: a cidade vem tornando-se cada vez mais feia e suja. Mais um motivo para levar os temaki para comer fora da rua (embora, obviamente, isso seja de responsabilidade do restaurante). No fim das contas, o mais importante fica a favor do Ligeirin: os temaki são saborosos. Isso, adicionado ao fator novidade, me faz torcer para que o negócio dê certo. Se eu trabalhasse ali perto, seria frequentador – mesmo que, em um primeiro momento, para comer apenas o sweet salmão assado.

O Ligeirin Temaki Móvel encontra-se (por enquanto, pelo menos) na Avenida Praia de Belas, 1400. Para acompanhar eventuais mudanças de endereço, siga a página deles no Facebook.

Temakeria Japesca República

Depois de tanto tempo longe de Porto Alegre (desde novembro de 2011), não bastava voltar à cidade; eu tinha que voltar aos restaurantes japoneses. E o primeiro de todos calhou de ser um que está em seu primeiro dia de operação: a nova loja da já famosa Temakeria Japesca, que acaba de abrir na Rua da República.

O cardápio, se não é exatamente igual ao que eu conhecia, era quase. As clássicas variações de temaki estavam todas lá, e mais os sabores especiais como o haddock e o salmão defumado. Fiquei tentado a pedir de tudo um pouco, mas consegui me controlar e comprei apenas um filadélfia e um atum, com a promessa de voltar lá para comer os outros sabores. Não houve surpresas quanto à comida, o temaki de atum estava bom, o filadélfia estava melhor; nenhum dos dois era fenomenal, mas ambos mais do que valiam o valor pago (R$12,40 pelo par).

O restaurante é de bom tamanho, apesar de a entrada ficar um pouco congestionada pela divisão do espaço entre caixas, fila e mesas. A decoração é bonita e jovial. Os pedidos chegaram à mesa muito rapidamente. E, para meu grande prazer, descobri que ainda existe a promoção mediante se ganha um temaki para cada dez comprados.

Sem dúvida, voltarei.

A nova Temakeria Japesca fica na Rua da República, entre a José do Patrocínio e a Travessa Comendador Batista, no bairro Cidade Baixa.

Outros textos sobre a Japesca:

Temakeria e Empório Japesca – 29/10/2009
Temakeria Japesca – a nova versão – 04/01/2011
Temakeria Japesca Siqueira Campos – 30/04/2011
Temakeria Japesca Siqueira Campos – agosto de 2011 – 28/08/2011

Os Melhores Restaurantes Japoneses de Porto Alegre

Caros leitores, nestes pouco mais de dois anos de Prós e Contras, comida japonesa foi um dos assuntos mais tratados – possivelmente só cinema e séries de TV receberam tanta ou mais atenção minha. A imensa maioria das vezes em que escrevi sobre a culinária do país do sol nascente, tratei de restaurantes de Porto Alegre. Entretanto, conforme eu comentei anteriormente (aqui), Porto Alegre não será mais meu lar (pelo menos por algum tempo). Assim sendo, resolvi escrever um derradeiro texto para totalizar tudo o que experimentei e aprendi sobre os restaurantes japoneses da capital gaúcha.

Foram cerca de 4 anos frequentando estabelecimentos, vi alguns decaírem, alguns se sobressaírem e presenciei até o nascimento de alguns. Para que o leitor possa ter melhor compreensão da validade da minha lista, compilei os nomes dos restaurantes em que estive. Eis a lista, com links para os restaurantes sobre os quais eu escrevi resenhas: Barko Temaki e Sushi, Dado Bier Bourbon Country (dois textos, aqui e aqui), Daimu Cozinha Japonesa (três textos, aqui, aqui e aqui), Gendai Barra Shopping, Gendai Praia de Belas, Gokan Sushi, Gokan Sushi Lounge (dois textos, aqui e aqui), Hadouken Sushi Bar, Temakeria e Empório Japesca (Mercado – dois textos, aqui e aqui), Temakeria Japesca (Siqueira Campos – dois textos, aqui e aqui), Japonês Sushi (tele-entrega), Jappa Sushi (três textos, aqui, aqui e aqui), Nacional Iguatemi, Riversides Shikki (Nilo Peçanha), Riversides Shikki Café (Padre Chagas – dois textos, aqui e aqui), Restaurante Saikô (dois textos, aqui e aqui), Sashiburi, Sushi Drive (Goethe), Sushi Namoto, Sushi Seninha (dois textos, aqui e aqui), Sushiaki Japanese Food (Iguatemi), Takêdo Restaurante, Takemar Temakeria & Petiscos do Mar, Temakeria (Lima e Silva), Temaki Express, Temari e Tmaki. O total é de 27 locais diferentes. O total de textos sobre os restaurantes é 32 (sem levar em conta os posts da série “melhores restaurantes japoneses para almoçar” e um texto em inglês sobre tele-entregas). Percebi, ao revisar a lista de textos, que cometi algumas injustiças: estive uma vez no Sashiburi, duas vezes no Temaki Express e três ou quatro vezes no Tmaki e não escrevi sobre eles.

Bem, agora que o leitor já sabe quais restaurantes eu conheço, chegou a hora de fazer a lista. Optei por escolher os 10 melhores (cerca de um terço do total dos que eu visitei). Quando eu fiz as listas de melhores restaurantes para almoçar, eu estabeleci critérios bem definidos, quase matemáticos. A proposta aqui tem que ser diferente, uma vez que há restaurantes que abrem só para a janta, enquanto outros funcionam também no horário de almoço; há duas tele-entregas; alguns trabalham com sistema livre (festival, buffet ou rodízio), enquanto outros oferecem apenas o serviço à la carte. Em função dessas diferenças todas, me decidi pelo caminho mais simples. O critério é: restaurantes que eu mais gostaria de voltar, levando em conta meu prazer ao ir e o custo com que é necessário arcar. Vale salientar que eu coloco o peso maior sobre o sabor da comida, então bom atendimento e ambiente agradável contam pontos a favor, mas o determinante é a sensação de festa na boca enquanto se está comendo. Sem mais delongas, vamos lá:

10 º lugar:

Embora tenha estado apenas uma vez no Sashiburi, saí bastante satisfeito. Não posso dizer que fiquei encantando, mas a comida era saborosa, o atendimento foi eficiente e o ambiente estava agradável. No conjunto, vale o décimo lugar: um lugar para conhecer sem medo.

9º lugar:

Estive mais vezes no Gokan Sushi Lounge (em frente ao shopping Moinhos) do que no estabelecimento original (na Praça Japão). Em ambos, o atendimento é de primeira linha, e a comida é muito saborosa e bastante variada. Fico com o Gokan Sushi por preferir um ambiente em estilo mais tradicional (o conceito de lounge fica um pouco distante da minha visão de culinária japonesa). Poderia ter uma posição melhor, mas o preço cobrado o coloca na faixa dos restaurantes mais top, e por mais que a comida seja saborosa, não é suficiente para colocá-lo no mesmo patamar dos restaurantes vencedores.

8º lugar:

O Restaurante Saikô é um dos que mais bem equilibram custo e benefício. Lá, é possível comer muitas variedades de pratos, alguns bons, alguns excelentes, por um preço bastante justo. O ambiente é agradável, embora a localização não seja das melhores. Detalhes que não chegam a impedir que o Saikô ocupe uma honrosa oitava posição.

7º lugar:

O Takêdo foi o restaurante sobre o qual eu mais criei expectativas: entre a primeira vez em que ouvi falar dele (e muito bem) e o dia em que finalmente o visitei (poucas semanas antes de deixar Porto Alegre), passaram-se de dois a três anos. Não há dúvidas, o Takêdo oferece ótima comida. O ambiente é um tanto esnobe, para o meu gosto, mas ainda assim não é desconfortável, e o atendimento é eficiente. O que o derruba de ocupar uma das primeiras posições é que ele não consegue ser tão bom quanto um ou dois restaurantes, nem tão barato quanto vários outros. Assim, fica com justiça próximo ao meio da lista.

6º lugar:

A Japesca, tradicional peixaria de Porto Alegre, apostou e venceu ao abrir sua própria Temakeria no Mercado Público, em 2009. Em pouco tempo, o local passou a ser tão frequentado que passou a ser desagradável. Então, foi aberto um novo espaço na Siqueira Campos. O novo espaço, mais amplo, mais organizado, mais iluminado, tornou-se muito mais interessante que o original. É uma das opções mais baratas da cidade, com temakis custando desde R$5. Para quem come muito, como eu, isso não chega a ser uma vantagem assim tão grande, já que para comer o equivalente ao que eu consumiria em um restaurante livre, eu acabaria pagando virtualmente o mesmo preço. Mesmo assim, para uma refeição leve, um lanche, um happy hour, a Temakeria Japesca é uma ótima pedida.

5º lugar:

O Jappa Sushi é o restaurante japonês que eu mais frequentei em Porto Alegre. Não sei quantas vezes estive lá, mas é um número que pode ser contado nas dezenas. Experimentei algumas refeições extraordinárias, especialmente nos primeiros meses de funcionamento do local. Tudo lá funcionava exatamente como deveria. Com o passar do tempo, o movimento aumentou, o preço subiu, uma parte da equipe foi trocada. A mágica deixou de existir – sorte dos outros, pois caso contrário o Jappa estaria em primeiro. Mesmo sem mágica, entretanto, o quinto lugar ainda cabe bem a este estabelecimento, no qual a satisfação é, até onde eu posso afirmar, garantida.

4º lugar:

Ah, o Daimu. O caso aqui é contrário ao do Jappa. Nas três primeiras vezes em que estive no Daimu, não o considerei realmente bom. Na primeira, realmente, saí bastante frustrado. Ainda bem que não desisti facilmente, pois a segunda foi melhor. A terceira, um pouco melhor. Depois disso, foi só alegria. Antigamente, o sushi dava a impressão de não ser fresco, o sabor que ficava na boca não era agradável, isso foi mudado radicalmente, ao ponto de os problemas ficarem de lado e as características positivas passarem a se destacar. Entre tais características está a quantidade de pratos exclusivos do local. Há algumas pérolas que você só experimenta por lá. E elas valem a pena.

3º lugar:

O Sushi by Cleber talvez seja o mais tradicional restaurante japonês da cidade. E talvez tenha a comida mais saborosa. Foi lá que eu comi o sashimi de salmão que ainda me serve de referência. Mas por que, então, ele não é o primeiro? Ele seria, não fosse o fato de dois restaurantes terem sido abertos há menos de um ano, servindo comida do mesmo nível do Cleber (ou tão boa quanto, ou devendo muito pouco a ele), mas com preços muito mais justos. O valor exageradamente elevado derruba o Cleber do topo para a terceira posição.

2º lugar:

Seninha é um dos sócios do Sashiburi. Em dezembro de 2010, ele abriu um espaço que leva seu nome. De negativo, só o ambiente: um espaço tão pequeno que é praticamente um corredor, que lota rapidamente, e fica no Mercado Público (ou seja, fecha cedo). De positivo, todo o resto: a comida é extremamente saborosa, o atendimento é eficiente e simpático (o próprio Seninha costuma estar por lá, e é muito amigável com os clientes), há ampla variedade, inclusive alguns pratos exclusivos, e o preço é justo. Um restaurante para ir e ir de novo. Teria todas as condições de ocupar a primeira posição, não fosse pelo…

Hadouken Sushi Bar – O grande vencedor

Inaugurado na metade de 2011, o Hadouken é, essencialmente, todas as qualidades do Seninha, sem o problema do espaço (considere-se que ele não abre para o almoço, o que não é um defeito grande para mim). Estive lá quatro ou cinco vezes, e em todas elas saí extasiado. O grande desafio do Hadouken é manter o foco em oferecer comida desse nível de qualidade pelo preço que tem cobrado. Se o preço vier a se aproximar do Cleber, o Hadouken perde seus diferenciais. Caso mantenha o valor na faixa atual, o Hadouken torna-se quase imbátivel. Quem sabe, no futuro, eu possa revisitar estes e outros locais e verificar quem subiu, quem desceu, quem fechou e quem abriu. Por enquanto, deixo Porto Alegre com a convicção de que há restaurantes aí capazes de satisfazer até os mais exigentes amantes da culinária japonesa.

Mais sobre comida japonesa:

Melhores Restaurantes Japoneses para Almoçar em Porto Alegre – versão 2011

Melhores Restaurantes Japoneses para Almoçar em Porto Alegre – versão 2009

Takemar Temakeria e Petiscos do Mar

Este é um post atípico, por dois motivos: um deles é que eu fui no Takemar algumas semanas atrás; o outro é que esta será, pelo menos por enquanto, a última resenha para restaurantes japoneses de Porto Alegre. Os dois derivam do fato de que me mudei (o que também foi o motivo pelo qual o blog ficou parado por algum tempo). Mas vamos ao assunto.

O Takemar funciona em sistema à la carte, com pratos da culinária japonesa (sashimi, temaki, niguiri, hossomaki, uramaki) e alguns outros pratos baseados em frutos do mar. Obviamente, eu foquei a comida japonesa. Pedi uma porção de sashimi, que estava bem boa. Também comi dois temakis que estavam bons (infelizmente, não me lembro qual o recheio que escolhi). Isso, mais uma lata de Coca-Cola, saiu por R$53,00. No geral, minha impressão é de que o lugar é interessante para quem mora ou trabalha na região e quer fazer um lanche rápido. Para uma refeição – pelo menos baseado na quantidade que eu como em uma refeição completa – fica caro, e o sabor não é tão bom que justifique desembolsar muito dinheiro. O atendimento foi atencioso e eficiente, e o ambiente é agradável, apesar de o acesso ser bem feinho.

O Takemar fica na rua Anita Garibaldi, 2145, no bairro Boa Vista.

Takêdo Restaurante – setembro de 2011

Na quinta-feira passada, finalmente me redimi de mais um dos meus grandes pecados em termos de restaurantes japoneses de Porto Alegre: visitei pela primeira vez o famoso Takêdo. Há quem considere o Takêdo o melhor restaurante japonês de Porto Alegre. Caro, ele é colocado na categoria dos top, aqueles pelos quais você paga muito para, em teoria, receber um nível de qualidade que não se encontra em praticamente nenhum lugar. E o restaurante já busca impressionar logo de cara, pelo ambiente, que combina uma decoração meio-termo, nem muito tradicional, nem muito lounge (com direito a telão mostrando, no caso, o jogo entre Grêmio e Botafogo). Há seguranças cuidando dos carros estacionados e uma bela hostess na entrada. Ao chegar, tirei meu casaco, e antes que eu terminasse de colocá-lo sobre o encosto da cadeira, um garçom apareceu para puxar a cadeira para que eu sentasse. Ele me deu as boas-vindas, perguntou se eu conhecia a casa, me sugeriu o buffet. Enfim, atendimento de acordo com o manual do bom estabelecimento.

Conforme mencionado, o sistema é buffet. Estão incluídos, além das opções onipresentes, sashimi, temaki, niguiris, pratos quentes – shimeji, lula, camarão e algumas variedades de sushi hot são servidas à mesa; há mais opções de pratos quentes no buffet. Um dos destaques facilmente perceptíveis é a variedade: são muitos tipos de niguiri e sashimi, talvez a maior variedade desses dois pratos que eu já vi. Há abundância de pratos com salmão, mas também há ótimas opções à base de atum, peixe branco, lula, salmão skin e haddock. Experimentar uma peça de cada variedade oferecida no buffet (sem nem contar os pratos quentes) já seria uma refeição lauta (acredito até que a maioria das pessoas ficaria satisfeita antes de passar por todas as variedades). A qualidade da comida era elevada, mas se nada destoava para baixo, quase nada destoava para cima; a exceção foi o sashimi de salmão, excelente, daqueles que derretem na boca. É onde o restaurante japonês não pode errar, e o Takêdo faz bonito.

De forma geral, foi uma refeição de altíssimo nível. O ambiente é agradável, e o atendimento eficiente. Aliás, fiquei com a impressão de que o atendimento é feito à base de muito treino, pois me pareceu que o garçom tinha “simpatia artificial”, por assim dizer; mas isso não é demérito para o restaurante, apenas uma observação mais leve da minha parte. O fato é que fui muito bem atendido, sem precisar esperar. A comida saborosa, variada e muito bem apresentada é do tipo que faz a pessoa comer mais do que deveria. É possível que, alguns meses atrás, eu tivesse caído de amores pelo Takêdo. Agora, tendo conhecido o Hadouken e o Seninha, duas opções extremamente saborosas e consideravelmente mais baratas, o impacto fica um pouco amortecido. Ainda assim, é um dos melhores restaurantes japoneses de Porto Alegre, sem sombra de dúvida, e um daqueles lugares que devem ser visitados pelo menos uma vez.

O buffet, com a adição de uma garrafa de H2OH custou R$96,58, sendo provavelmente o segundo restaurante do estilo mais caro da cidade, atrás apenas do Sushi by Cleber, campeão em termos de fama e de preço alto.

O Takêdo fica na Rua Carvalho Monteiro, 397, no bairro Bela Vista.

Se você gosta de comida japonesa, também recomendo:

Melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre – versão 2011
Hadouken Sushi Bar
Sushi Namoto – tele-entrega
Temakeria Japesca Siqueira Campos – agosto de 2011

Temakeria Japesca Siqueira Campos – agosto de 2011

Sabadão, ótima oportunidade para fazer nova visita à Japesca com os amigos. Já fazia algum tempo que eu não ia até lá. Combinei de encontrar com a turma em torno das 12h30-12h45. Cheguei um pouco mais cedo e acompanhei o restaurante lotar, a fila no caixa se formar, enfim, aquilo que já é costumeiro na Japesca. Quando a turma se completou, fomos para a fila, que já tinha diminuído um pouco. Depois de feitos os pedidos, encontramos uma mesa, apertada, mas sem ter que procurar muito.

Não demorou muito, chegaram os pedidos. No meu caso, cinco temakis – sabores salmão, atum, misto (salmão e atum), filadélfia e haddock. Como é de costume, o restaurante estava sem peixe branco. Todos os cinco sabores estavam bons – sendo o melhor, sem dúvida, o de haddock. Pena que esse é mais caro. O de salmão, que geralmente é ótimo, desta vez estava bom, o que representa um pequeno retrocesso, mas não é um problema, se for apenas questão de dia. Algo a se notar é que o filadélfia não veio com aquela bola de cream cheese no canto que tanto prejudicava o sabor e a aparência do prato, e que foi bastante criticada na comunidade Sushi Porto Alegre, no orkut. Aparentemente, o restaurante presta atenção na opinião dos fregueses, o que é absolutamente essencial no planejamento de longo prazo.

Os cinco temakis, mais a tradicional Aquarius, custaram R$34. Um preço justo.

A Temakeria Japesca fica na Rua Siqueira Campos, 1204, perto do Mercado Público.

Mais textos sobre a Japesca:

Temakeria e Empório Japesca – outubro de 2009
Temakeria Japesca – a nova versão – janeiro de 2011
Temakeria Japesca Siqueira Campos – abril de 2011

Se você gosta de comida japonesa, também recomendo:

Melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre – versão 2011
Hadouken Sushi Bar
Sushi Namoto – tele-entrega

Sushi Seninha – agosto de 2011

Eu havia ido ao Seninha apenas uma vez até hoje, na época da elaboração do ranking dos melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre. E a primeira impressão havia sido fantástica. Mas, como sempre pode ter acontecido de eu ter pego um dia de sorte, chegou a hora de tirar a prova. Estive lá hoje, com duas amigas. Começamos nosso almoço um pouco mais tarde do que o meu costume, porque uma delas tinha que trabalhar até o meio-dia. Era pouco antes da uma quando começamos a procurar espaço para três pessoas no limitadíssimo ambiente do restaurante. Como as mesas são para duas pessoas apenas, conseguimos uma mesa e um lugar no balcão. Por sorte, antes mesmo de pedirmos, duas pessoas saíram do balcão e pudemos sentar novamente os três juntos. Mas estávamos na parte onde o balcão muda de alinhamento, então eu fiquei um pouco para trás das minhas amigas. Na metade da refeição, apareceu um espaço do outro lado, e só então ficamos os três sentados próximos e na mesma linha. Esse é o maior e mais visível problema do restaurante: seu tamanho diminuto. Cabem poucas pessoas, e as poucas pessoas ficam apertadas.

Mas a gente foi lá para comer, então vamos falar da comida. Começamos com alguns temakis. Eu pedi o marinado (salmão marinado e lascas de limão) e o bansai (camarão picado, ovas de massagô, maionese e cebolinha), ambos muitos bons. O segundo é forte, então pode não agradar a todos, mas eu recomendo ambos. Depois veio um barco com sashimi (de salmão, peixe branco, atum e haddock, todos muito bons), niguiri de salmão (bom) e alguns hossomaki e uramaki (também bons). A seguir, chegaram os sushi hot, e a primeira grande surpresa do dia: alguns deles foram preparados com tarê e postos sobre finas fatias de laranja, criando um sabor bastante peculiar e muito agradável. O que havíamos comido até esse momento talvez não fosse o suficiente para colocar o Seninha no panteão dos melhores restaurantes, mas o que veio a seguir mudou a história. Pedimos mais sashimis, agora incluindo o de polvo. E o de polvo estava absolutamente delicioso. Talvez o melhor sashimi de polvo que eu já provei. Além disso, o Seninha mandou alguns preparados especiais, daqueles que só ele oferece, e que fazem valer a pena qualquer refeição. Para completar, pedi mais um temaki (sim, eu sou um monstro), dessa vez um filadélfia, básico, e estava muito bom. Minhas amigas já tinham parado, e eu estava terminando o temaki, quando um dos sushimen que auxiliam o Seninha veio até nós e começou a flambar um trio de makis. Mesmo estando muito além do satisfeito, não havia como negar. Provei e pensei: “por que não me disseram antes que tinha esse?!” Salmão por fora, abacaxi por dentro, salmão skin por cima, com tarê e flambado. Pode parecer a coisa mais bizarra do mundo, mas o fato é que não apenas funcionou, como foi a segunda melhor coisa do almoço todo (teria sido a primeira, não fosse o sashimi de polvo).

Tudo isso, claro, acompanhado do atendimento simpático e eficiente dos funcionários. Alguns pratos até demoraram um pouco para chegar, mas nada além do tolerável, especialmente considerando que o restaurante estava lotado (e tinha fila na porta). O próprio Seninha nos perguntou por duas vezes se estávamos gostando, e nos cumprimentou na saída. O valor de tudo isso foi de R$62. O festival custa R$59, para homens e mulheres, a qualquer hora do funcionamento. Os outros R$3 foram de uma água com gás, o que me lembra do outro problema do estabelecimento: continuam não vendendo H2OH ou Aquarius. Pode não ser um programa para fazer com frequência, em função do preço, mas sem dúvida é uma das melhores opções para quem puder passar por lá de vez em quando.

O Sushi Seninha fica no Mercado Público, banca 45 (perto da entrada central da fachada Julio de Castilhos).

Se você quer ler mais sobre comida japonesa em Porto Alegre, dê uma olhada em:

Sushi Seninha (fevereiro de 2011)
Melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre – versão 2011
Melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre – versão 2009
Temakeria Japesca Siqueira Campos
Sushi Namoto (tele-entrega)
Hadouken Sushi Bar

Restaurante Saikô – julho de 2011

O leitor mais frequente do blog (e com melhor memória) talvez estranhe este texto novo, uma vez que eu escrevi sobre o Saikô não muito tempo atrás, no fim de fevereiro. Terá a qualidade caído tanto em relação à vez anterior que foi necessário abordar novamente o mesmo estabelecimento tão cedo? Na verdade, não. Estive lá, com alguns amigos, no dia 23 de julho, um sábado. O jantar transcorreu de forma bastante proveitosa. Assim como havia sido anteriormente, o buffet estava muito a contento. Melhor até do que na ocasião prévia. O sashimi estava delicioso, e os niguiri estavam bastante bons. Caso alguém não lembre, o sistema é de buffet livre, com sashimi incluso, recebendo ainda à mesa temaki, sushi hot ou pratos quentes (o shimeji, aliás, também me agradou bastante). No fim das contas, cheguei até a comer em excesso. A conta, incluindo a tradicional garrafa de H2OH (ou seria Aquarius? Agora não me recordo.), ficou por R$63,58. Considerando sabor, atendimento, ambiente, é um valor muito justo, e continua colocando o Saikô como ótima opção para uma boa janta.

O motivo para precisar escrever novamente sobre o restaurante é, sinto dizer, menos divertido que um jantar com amigos. Enquanto jantávamos, alguém tentou arrombar o carro de uma das pessoas que me acompanhavam, entortando a parte superior da porta do motorista para conseguir enfiar o braço para dentro e abrir a porta. Felizmente, alguém espantou o ladrão antes que ele conseguisse entrar no veículo, mas não antes que ele causasse danos à estrutura. Acontece que é difícil estacionar naquela região, e por isso o restaurante oferece serviço de manobrista, do qual meu amigo havia feito uso. Conforme discutimos à mesa, a responsabilidade era do restaurante, uma vez que meu amigo deixara o veículo sob os cuidados do estabelecimento, mas é claro que, nessas horas, espera-se pelo pior. Enfim, o colega foi falar com o gerente do local: para nossa positiva surpresa, não foi necessário nem ao menos insistir, o restaurante assumiu a responsabilidade e o prejuízo. O texto está sendo escrito só agora exatamente porque o amigo em questão estava saindo para uma viagem de férias, e só pôde tratar de consertar o carro após voltar. Eu não quis escrever sobre o assunto aqui até ter certeza de que o restaurante cumpriria o combinado, o que efetivamente aconteceu. Então posso dizer com toda a convicção que o Saikô tomou a atitude correta, não fugiu à responsabilidade nem comprometeu o próprio nome para manter alguns reais no bolso. É esse tipo de mentalidade que diferencia as empresas que duram daquelas que dão lucro por um breve período e depois desaparecem.

Quem quiser ler o texto anterior sobre o restaurante pode fazê-lo clicando aqui.

O Saikô fica na rua Ijuí, 668, quase em frente à Praça da Encol.

P.S.: se você é portoalegrense e gosta de comida japonesa, dê uma olhada no Ranking dos Melhores Restaurantes Japoneses para Almoçar em Porto Alegre.

Hadouken Sushi Bar

A partir do próximo fim de semana, Porto Alegre contará com uma nova opção para os adoradores da boa comida japonesa. Com a proposta de oferecer qualidade elevada, o Hadouken Sushi Bar terá sua festa de inauguração na quinta-feira, dia 09. Antes disso, entretanto, o estabelecimento decidiu trabalhar em uma pré-inauguração, oferecendo o festival por um valor promocional, promoção que dura até a quarta-feira. Obviamente, não deixei passar a oportunidade de conferir. Estive lá ontem à noite para poder oferecer, em primeira mão, minha resenha aos leitores.

E, se uma imagem vale mais que mil palavras, comecemos por uma. O festival se iniciou com o barco da foto acima. O festival oferece quantidade liberada inclusive de sashimi de salmão, atum, peixe branco e lula defumada. Todos eles estavam ótimos. Não quero dizer muito bons, quero dizer ótimos mesmo, do tipo de já fazer valer a pena ter saído de casa e gasto o dinheiro. Os niguiri, hossomaki, uramaki e hot estavam todos bons, mas confesso que, com todas as opções, não dei muita atenção a eles. A exceção fica por conta do hossomaki de camarão, que se distinguia facilmente como um dos destaques do prato. Outros dos destaques foram os enrolados de salmão, uma variedade com salmão por cima, outra coberta com shimeji. Quem acompanha o blog sabe que esses enrolados de salmão estão entre os meus pratos preferidos da culinária japonesa. O coberto de salmão, como seria de se esperar, estava muito bom. O outro, de shimeji, foi quase tão prazeroso de comer quanto os sashimi, estava fantástico. Ainda faz parte do festival o temaki (também livre), que o cliente pode montar como desejar, exceto usando camarão. Por sugestão do Alexandre, que foi comigo, pedi um temaki de salmão, polvo, arroz e cebolinha (é possível pedir o temaki sem arroz, inclusive). O temaki estava bom, mas não no nível do resto da refeição. Foi o único prato da noite que eu acredito que seria possível encontrar, no mesmo nível ou melhor, em outros restaurantes, sem dificuldade. O festival também inclui alguns pratos quentes, mas eu preferi não prová-los.

Houve ainda um prato que não fará parte do festival, mas que nos foi oferecido como cortesia pela casa. É esse que vocês podem ver na foto acima. É um enrolado de salmão (em grande quantidade) com camarão por dentro, além do cream cheese. No primeiro momento, há o contraste entre o frio do salmão e o calor do camarão, bastante interessante. Logo a seguir, na medida em que os sabores vão se misturando na boca, a sensação é excelente. Um daqueles pratos feitos para conquistar o cliente, criado por quem entende do que está fazendo. E o melhor, percebendo que havíamos gostado, o garçom nos ofereceu ainda uma reposição do prato. Se você quiser sair apenas para beliscar, não hesite: peça esse prato.

Vale dizer, aliás, que a preocupação com o atendimento é notável. Todos os funcionários foram atenciosos, sorridentes, perguntaram eventualmente se estava tudo bem, mas sem ficar constantemente interrompendo a refeição; tanto o funcionamento do festival quanto os pratos foram bem explicados; e nossos pedidos de reposição chegaram tão rápido que meu amigo até brincou com o garçom. O ambiente também é um ponto positivo, moderno mas não desconectado do oriental. As cadeiras do lugar são, na verdade, poltronas muito confortáveis. Se posso fazer uma ressalva, a música no estilo “pista de dança” não faz o meu estilo. Se na comida o restaurante foi aprovado com méritos, na combinação atendimento e ambiente o resultado foi o mesmo: louvor.

Repare nas cores dos sashimi, especialmente do atum. De primeira.

O valor promocional que vale até quarta é de R$40 por pessoa. A partir da inauguração, o festival passará a custar R$63 para os homens e R$50 para as mulheres. Incluindo uma garrafa de Aquarius e os 10% – pagos com prazer – a refeição toda saiu por R$47,85. Se você ficou com a impressão de que o texto parece uma propaganda do restaurante, você está correto. Mesmo com o valor de R$63, acredito que se trata provavelmente do melhor custo/benefício de Porto Alegre. O Sushi by Cleber oferece comida tão boa quanto ou talvez um pouco melhor, mas por um preço muito mais elevado. O Seninha também oferece comida de alto padrão, por um preço bastante semelhante ao do Hadouken, mas em um ambiente muito mais modesto, e fecha cedo (para ler minha resenha sobre o Seninha, clique aqui). Caso se mantenha nos mesmos patamares de qualidade e valor, o Hadouken chegou para mandar na cidade.

O Hadouken Sushi Bar fica na Av. Teixeira Mendes, 1161, no bairro Chácara das Pedras, próximo ao Iguatemi.

O autor das fotos é o Alexandre Weimar, única pessoa que eu conheço que gosta tanto de comida japonesa quanto eu.

Já que você veio até aqui, dê uma olhada no meu ranking dos melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre, clicando aqui.