Visto no IX Fantaspoa.
Um fotógrafo tem por hábito convidar para sair as moças que vêm a seu estúdio fazer fotos promocionais. Para superar as rejeições constantes, possui rituais que variam de acordo com a intensidade do sentimento de perda. Embora não pareça ser essa a intenção, Esquecendo a Garota são dois filmes: o que começa e vai até lá pela metade, e o que passa a dominar do meio para o fim. O primeiro desses filmes trata do estudo desse personagem central, um garoto aparentemente comum, que tem dificuldades em lidar com mulheres. E é uma estória interessante, em parte por ser tão universal, em parte pela profissão do personagem, e em parte também pela presença da competente Anna Camp (de A Escolha Perfeita). Já o segundo filme simplesmente não é interessante, o que faz com que a sessão termine com a sensação de se ter visto um filme ruim. Não é para tanto, há méritos a reconhecer, mas o resultado final é, no mínimo, inconsistente. Para piorar a situação, quase não há transição de um enfoque para outro – exceto pela subtrama da irmã. São falhas relevantes demais para desconsiderar.