Visto no IX Fantaspoa.
Um grupo de pessoas é subitamente transportado para local desconhecido. Cada um deles, mesmo os surdos, ouve uma voz em sua mente – e em sua própria língua. A voz dita uma série de regras: todos eles participam de uma corrida; quem sair do caminho delineado morre; quem pisar na grama morre; quem levar duas voltas de qualquer outro competidor morre; em resumo, “corram ou morram”. Este imaginativo longa, como o próprio título sugere (“race”, em inglês, significa tanto raça quanto corrida) faz uso dessa situação peculiar para explorar as reações humanas frente ao convívio social. O diretor brinca bastante com os movimentos de câmera e também com a iluminação; na maior parte das vezes funciona, mas em alguns momentos é irritante. Brinca ainda com as emoções do espectador, que é levado a encarar diversas posturas que qualquer um poderia ter frente a um dilema tão extremo. A própria galeria de personagens é um grande trunfo do filme. Destaques ainda para para a fotografia e para a trilha sonora, composta pelo brasileiro Marinho Nobre. O desfecho, embora não seja ruim, não consegue ser tão interessante quanto a premissa. Tudo somado, entretanto, trata-se de um filmaço.