Melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre – versão 2011

Pois bem, caros leitores, chegou a hora. Depois de muito tempo e de alguns percalços, vou finalmente divulgar o ranking dos melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre, em sua segunda edição. A primeira versão desta lista eu elaborei no final de 2009 – quando o blog ainda era bebê, hehehe – e vocês podem ler clicando nos links a seguir:

Texto introdutório da primeira edição
Resultado da primeira edição (inclui links para a resenha de cada restaurante participante)

Para relembrar, o critério principal é que o restaurante tem que oferecer o serviço de buffet livre, festival, rodízio ou equivalente, contanto que pelo menos a maior parte dos pratos seja disponibilizada sem limite de consumo. Para a atualização, a lista de restaurantes mudou; Temari e Gendai Praia de Belas deixaram de trabalhar com sistema livre; o Sushi Drive, que eu havia incluído anteriormente, eu decidi excluir – a quantidade que vem no festival deles é boa, mas só dois ou três pratos quentes são liberados. Em compensação, Dado Bier Bourbon Country e Sushi Seninha foram adicionados. Haveria ainda mais um novato, o Temaki Express e Lounge, mas ele deixou de abrir ao meio-dia bem na época em que eu resolvi avaliar os restaurantes novamente. Assim sendo, temos uma lista de seis concorrentes (um a menos do que em 2009). Eu fui a cada um deles, cheguei sempre em torno do meio-dia, e sempre pedi uma H2OH ou Aquarius para beber. Isso tudo já estava explicado no texto de abertura do novo ranking, que você lê clicando aqui.

Bom, então é isso. Vamos ao ranking (para ler o texto completo sobre cada restaurante, clique sobre o nome).

6º lugar – Riversides Shikki Café: foi uma escolha difícil, pois havia um competidor forte pela última posição. Mas o fato é que a comida do Riversides é ruim. Pode ter bastante variedade, pode ser um lugar grande onde é fácil achar mesa para sentar, pode ser localizado em um lugar agradável e pode ser mais barato que os outros, mas não adianta nada disso quando o cliente sai de lá sabendo que quase qualquer restaurante (de comida japonesa ou não) o deixaria mais satisfeito. Sinceramente, acredito que o Riversides precisa mudar ou fechar. Como está, não recomendo a ninguém.

5º lugar – Dado Bier: o estabelecimento do Bourbon Country quase fez por merecer a lanterna – pouquíssima variedade, baixa rotatividade, nenhuma prato realmente bom. Também é mais caro que o Riversides. O ambiente é melhor, o atendimento é melhor, mas o que deu a pequena vantagem para o Dado Bier é que, se por um lado nenhuma variedade estava boa, nenhuma estava ruim como no concorrente direto. Mas a recomendação persiste: se você realmente gosta de comida japonesa, não vá ao Dado Bier.

4º lugar – Jappa Sushi: há um oceano Pacífico de diferença do quarto para o quinto colocados. Tanto isso é verdade que o Jappa é um dos meus restaurantes preferidos, ficou em segundo no primeiro ranking e agora caiu para a quarta posição. A variedade do buffet pesa a favor, os pratos são quase sempre todos bons, é difícil achar uma falha (às vezes acontece na montagem, mas no sabor é raro), o preço se encontra na média, mais caro que uns, mais barato que outros, mas o Jappa não conseguiu se destacar frente aos concorrentes. Tem pelo menos um prato que é sempre excelente, mas o nível dos competidores exige mais.

3º lugar – Sushi Seninha: dá uma sensação de injustiça colocar o Seninha em terceiro lugar, porque a comida que ele oferece, de forma geral, é de ótima qualidade, e a variedade é excelente; o festival inclui até mesmo sashimi liberado, além de vários pratos exclusivos da casa. Então o que pesou para a medalha de bronze? O ambiente teve seu peso, sem dúvida – o Mercado Público não é o lugar mais agradável de Porto Alegre e o restaurante em si é pequeno e apertado – mas o x da questão foi o preço. Por mais que este seja o único a oferecer sashimi liberado no almoço, sessenta reais é muito dinheiro. Se serve de consolo, só em escrever este texto, já fiquei com vontade de voltar.

2º lugar – Gokan Sushi Lounge: e por falar em vontade de voltar, este restaurante causa bastante tal efeito. A comida lá é tão boa que na edição passada do ranking o Gokan Lounge ficou com o título. A variedade e qualidade rivalizam com o Seninha (talvez o Seninha leve uma pequena vantagem por uma ou duas peças excelentes), o sashimi é oferecido mas limitado a dez peças, entretanto o ambiente é muito melhor. O preço, como eu havia mencionado anteriormente, serve de juiz, o Gokan é cerca de dez reais mais barato. Poderia ter sido bicampeão, não fosse o…

1º lugar – Daimu: o último restaurante que eu tentei avaliar foi o Temaki Express e Lounge, que fica na Padre Chagas. Cheguei lá, o encontrei fechado, falei com a atendente da imobiliária ao lado e ela me confirmou que eles não abriam mais para o almoço. O que fazer então? Eu tinha o Riversides bem em frente, bastava atravessar a rua; nem pensar. Sobravam o Gokan Lounge e o Daimu. Optei pelo Daimu e isso de certa forma é o parâmetro adequado para tomar a decisão aqui no ranking. A comida do Daimu, em termos de sabor, é ótima. Não tem sashimi ou temaki no almoço, é verdade, mas há muita variedade e até algumas peças exclusivas. O ambiente é agradável, o atendimento é eficiente, é bem localizado. O maior problema é o sistema de rodízio, que faz com que às vezes se receba uma peça de sabor questionável. Mas quando isso não acontece, é só alegria. E o melhor: mais barato que Gokan e Seninha, praticamente no mesmo preço do Jappa. Sem dúvida vale a pena pagar um valor elevado por comida excelente, mas quando se pode pagar um valor um pouco menos elevado e mesmo assim ter comida excelente, melhor ainda, certo?

Bem, essa segunda edição do ranking dos melhores restaurantes japoneses para almoçar em Porto Alegre se encerra. Foram quase quatro meses desde o anúncio da intenção, nesse meio tempo vieram férias, um probleminha de saúde, mudanças na vida profissional, mas o amor pela comida japonesa esteve sempre presente. Espero que a lista sirva de ajuda para os apreciadores dessa maravilhosa arte que é a culinária japonesa, e quem sabe até que alcance os restaurantes e os permita estar mais em contato com os anseios do público, afinal eu não sou um crítico profissional; sou só um cara que gosta – e muito – de um sushi, um sashimi, um temaki sempre que possível.