Editando: já que você veio até aqui, dê uma olhada no que eu tenho a dizer sobre o show clicando aqui.
Foram meses de rumores, segundo os quais Paul McCartney tocaria no Brasil. Seriam três datas em abril, provavelmente divididas entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Alguns cogitaram Curitiba. A seguir ele seria a atração principal da festa dos 50 anos de Brasília. Até que o jornal argentino Clarín confirmou que o ex-Beatle se apresentaria em terras hermanas. O boato seguinte dizia que membros da equipe de Paul teriam estado em Porto Alegre verificando instalações da cidade com vistas a trazer para cá uma das apresentações da turnê batizada de Up and Coming. É claro que, a essa altura, quem acompanhou todos esses rumores já não estava propenso a acreditar nisso. E foi então que, na quarta-feira, dia 29 de setembro, veio o anúncio oficial. Porto Alegre receberia um dos shows da curta parte sulamericana da turnê.
Hoje, 07 de outubro, começou a venda dos ingressos. O Beira-Rio viu uma fila enorme se formar, com pessoas acampando na frente do estádio desde o dia anterior. Mesmo com a chuva que começou a cair durante a madrugada e continuou manhã a dentro, lá estavam os fãs, na expectativa de conseguir um ingresso. Eu acordei em torno das 5 da manhã. Às seis estava na fila. As bilheterias foram abertas minutos antes das 8h, a fila se moveu um pouco e parou. A tensão, que já não era pequena, começou a crescer. E dá-lhe chuva. Ao longo da fila pessoas trocavam informações, tentavam acessar o site de venda pela internet, ligavam para amigos. E a fila mal e mal se movia. Veio a amarga sensação de que os cobiçados ingressos para o gramado premium não mais estariam disponíveis quando chegasse nossa vez. Os ânimos vão se exaltando, começam reclamações sobre a fila, sobre idosos servindo de “laranjas” e sobre pessoas furando a fila. Na parte externa, ninguém da produção do show. Os funcionários do Internacional diziam não ter autoridade sobre a organização, estando ali apenas para manter a ordem.
Eventualmente, a grande questão passa a ser: serão os ingressos separados, uma parcela para a venda online e outra para a venda presencial? Ou sairiam todos do mesmo “bolo”? Quando as primeiras pessoas começaram a aparecer com ingressos na mão, vimos que não se tratavam daqueles que são impressos na hora. Em outras palavras, os ingressos que estavam no Beira-Rio seriam vendidos no Beira-Rio, independentemente da internet. A partir daí, considerando a posição onde estávamos, passou a ficar claro que conseguiríamos os ingressos premium. Mas restava a ansiedade de ter o ingresso em mãos. Finalmente a fila começou a mover-se em ritmo mais rápido. Ainda lenta, mas bem melhor do que anteriormente. Quando chegamos às bilheterias, entendemos o por quê. O sistema havia caído, e as vendas estavam sendo registradas manualmente pelos funcionários. Para um evento desse porte, um problema grave, que certamente custou horas do dia de muita gente.
O resultado para mim? Depois de cinco horas e meia em pé, molhado, e nervoso, ingresso premium na mão. Sensação indescritível. Só agora é que estou realmente comentando a situação, e mesmo assim estou apenas relatando, pois colocar em palavras o que representa ter em mãos o ingresso que vai me permitir assistir, ao vivo, ao maior nome da música moderna, à maior lenda viva da música, é algo que vai além do meu vocabulário limitado.
Já que você veio até aqui, leia também o post sobre a homenagem neste link.
Oi Marcelo!
Sou amiga da Bárbara e do Diego.. bom tbm fiquei horas na fila, aliás 9 hs e passei por tudo isso que tu relatou.
Mas nunca vou esquecer desse dia, foram momentos de muita emoção,
expectativa, enfim, impossível descrever! hehe
E que chegue dia 7 de novembro, com certeza o dia mais feliz da minha vida!
Um abraço
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Oi, Marcelo. Vim parar no teu blog por acaso, quando estava pesquisando pelo show do Paul aqui em Porto Alegre. Fiquei 6h na fila e lendo teu post, pude reviver um pouco do que foi estar naquela chuva ansiosa por saber se eu conseguiria ou não um ingresso pra ver essa lenda do rock. Enfim… consegui! Só achei que tu deveria ter relatado que as pessoas saíam gritando e chorando quando pegavam seu ingreso… coisas que só Paul McCartney proporciona, né.
Vai ser um show pra história!
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Oi Jessica, obrigado pela visita. Que dia foi aquele, né? Pra não esquecer nunca mais. Concordo contigo, poderia ter incluído esse detalhe mesmo. Tinha uns que saiam comemorando, mostrando ingresso, outros mal podiam falar. Agora é contar os dias. Tá chegando!
Um abraço,
Marcelo
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